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Serviços da RH Junior:
Desmotivação dos Funcionários - Empresa de Confecção de Uniformes
Empresa de Confecção de Uniformes
Confecção
Análise do Ambiente de Trabalho
Descrição de Cargos e Funções
Remuneração dos Colaboradores
Contexto
Em 2014, a Consultoria RH Junior foi contratada por uma empresa familiar do setor têxtil, especializada na confecção de uniformes, com foco em parcerias com escolas de pequeno e médio porte.
Reconhecida pela qualidade e durabilidade de seus produtos, a empresa se destacava por manter parte relevante da produção de forma manual, o que exigia equipes altamente motivadas e engajadas.
Ainda sob a gestão da primeira geração familiar, a organização havia crescido tanto no segmento escolar quanto no corporativo.
Para acompanhar o aumento da demanda, realizou mudanças estruturais e operacionais, transferindo-se para uma nova sede com melhor infraestrutura e maquinário atualizado.
Apesar do crescimento e da estabilidade no mercado, os gestores notavam sinais de desmotivação entre os funcionários, o que comprometia a produtividade e a coesão da equipe.
Desafios
O projeto teve início em setembro de 2014, em um período de desaceleração da economia brasileira, o que impactava diretamente o setor de confecção.
Além da sazonalidade da demanda, que dificultava o planejamento de contratações, a empresa enfrentava desafios internos importantes:
Falta de engajamento dos colaboradores com as metas da empresa.
Desconfiança em relação à alta gestão e pouca clareza na comunicação interna.
Desconhecimento sobre as funções e responsabilidades de cada cargo.
Insatisfação com os benefícios e com as oportunidades de crescimento profissional.
Desestruturação hierárquica, dificultando a coordenação das áreas.
Processos produtivos pouco padronizados, gerando sobrecarga ou ociosidade em alguns cargos.
Esses fatores se traduziam em queda de produtividade e aumento da rotatividade, exigindo um diagnóstico profundo e soluções integradas de gestão de pessoas.
Soluções
A RH Junior estruturou o projeto em duas grandes etapas: a primeira voltada à reestruturação interna e definição de cargos e planos de carreira, e a segunda, à análise do clima organizacional e avaliação de desempenho.
1. Diagnóstico e Planejamento
Após reuniões de alinhamento com os gestores, foram identificadas falhas na cultura organizacional e na estrutura de cargos. A equipe de consultores realizou pesquisas de mercado e comparativos salariais com empresas do mesmo segmento e região.
Com base nesse levantamento, foram selecionadas as ferramentas de intervenção:
Descrição de Cargos e Funções
Plano de Carreira e Remuneração
Pesquisa de Clima Organizacional (PCO)
Avaliação de Desempenho (AD)
2. Primeira Etapa — Estruturação Organizacional
A etapa inicial contou com entrevistas individuais com todos os funcionários e gestores, realizadas por duplas de consultores, com o objetivo de entender profundamente as rotinas de trabalho.
A partir dos dados coletados, foram desenvolvidas Descrições de Cargos completas, contendo:
Responsabilidades e tarefas principais.
Competências técnicas e comportamentais necessárias.
Requisitos de formação e experiência.
Atividades fora do escopo e sugestões de melhoria.
Também foi elaborada uma análise crítica das cargas de trabalho, ajustando funções com sobrecarga ou ociosidade. O organograma da empresa foi redesenhado, garantindo melhor distribuição hierárquica e comunicação entre áreas.
Com base em pesquisas de mercado, a consultoria desenvolveu um Plano de Carreira e Remuneração compatível com a realidade da empresa. Esse plano definiu faixas salariais e critérios de progressão, permitindo maior transparência e equidade nas políticas de crescimento.
A metodologia utilizada contou com o apoio de um professor especialista em remuneração, o que agregou robustez técnica às recomendações.
3. Segunda Etapa — Pesquisa de Clima e Avaliação de Desempenho
Com a estrutura de cargos definida, iniciou-se a aplicação da Pesquisa de Clima Organizacional, etapa essencial para compreender motivações e causas da desmotivação dos colaboradores.
O principal desafio foi garantir respostas sinceras em um tema sensível. Para isso, os consultores cultivaram uma relação de confiança, acompanhando a equipe por semanas e reforçando a confidencialidade dos dados.
Os resultados foram analisados estatisticamente, apontando pontos fortes e fracos de cada área. A RH Junior promoveu debates e sessões de feedback com os gestores, cruzando percepções de alunos de Administração (FGV) e Psicologia (Mackenzie), o que trouxe uma análise interdisciplinar sobre clima e comportamento organizacional.
Em seguida, foi elaborada a Avaliação de Desempenho (AD).
A metodologia foi construída com base em grupos focais, envolvendo equipes de Corte, Costura, Expedição e Administração. Nessas sessões, os colaboradores e gestores discutiram os critérios de avaliação considerados mais justos e relevantes — como produtividade, número de falhas mensais e qualidade das entregas.
O resultado foi uma ferramenta de avaliação participativa e personalizada, conectando indicadores de desempenho à progressão salarial definida na primeira etapa.
Resultados
O projeto envolveu inicialmente quatro consultores, expandindo para sete profissionais da RH Junior ao longo do processo, em função da complexidade e do engajamento necessário.
Entre os principais resultados alcançados, destacam-se:
Reestruturação do organograma, com papéis e hierarquias mais claros;
Definição de cargos e funções detalhadas, reduzindo sobrecarga e ociosidade;
Implantação de um Plano de Carreira e Remuneração, trazendo transparência e previsibilidade;
Criação de uma Avaliação de Desempenho baseada em critérios objetivos e participativos;
Melhoria perceptível na motivação e no engajamento dos colaboradores;
Aproximação entre líderes e equipes, fortalecendo a cultura organizacional.
A empresa passou a contar com um modelo de gestão de pessoas mais estruturado, justo e alinhado aos seus valores, permitindo não apenas maior produtividade, mas também retenção de talentos e redução da desmotivação que motivou o início do projeto.
Métricas
O projeto não gerou métricas quantitativas formais, mas os resultados qualitativos foram expressivos e observados pelos gestores: aumento da satisfação dos colaboradores, melhoria do clima organizacional e engajamento mais visível nas rotinas de produção e relacionamento interno.
